segunda-feira, dezembro 18, 2006

BD: Um Natal especial

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(Pedro R. | 9.º B - N.º 23)

BD: Outra história de Natal

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(Ana Ramos Logrado | 9. B - N.º 4)

BD: Confronto entre eras!


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(Vítor André Silveira | 9.º B)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

História antiga



Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.


Miguel Torga
Antologia Poética

domingo, dezembro 10, 2006

10 de Dezembro de 1640: Guimarães adere à Restauração

D. João IV

No dia 10 de Dezembro de 1640, o Duque de Bragança, D. João, foi aclamado em Guimarães. Nesse dia, os sinos tocaram a chamar o povo e, da janela da casa da Câmara (na Praça da Oliveira), gritou-se: "Real! Real! Viva dom João o quarto, rei de Portugal!". O acontecimento ficou registado no livro de Vereações da Câmara de Guimarães, onde se pode ler:

"Aos dez dias do mês de Dezembro de mil e seiscentos e quarenta anos nesta vila de Guimarães na Câmara dela estando aí presente o doutor Pantaleão de Sousa Juiz de fora com alçada nesta dita vila e Estêvão Machado vereador e bem assim Manuel Machado de Miranda Capitão-mor desta dita vila com a nobreza e povo dela que já se tinham juntado na dita Câmara por terem já aberta a parte da dita Câmara antes dele Juiz e vereador chegarem aclamando por Rei deste reino a dom João quarto duque de Bragança e pelo dito Juiz lhes foi proposto que ate o presente não tinha esta Câmara carta dos governadores novamente eleitos nem outra ordem superior por onde pudessem fazer e aclamar novo Rei somente tinham uma carta da Câmara da Cidade do Porto com a cópia da Carta que diziam tiveram dos governadores novamente eleitos as quais Cartas ele dito Juiz leu em vos alta que todos entenderam e propondo-lhes que convinha esperarem carta do novo governo para em tudo seguirem a ordem que lhes dessem e a dita nobreza e povo junto em uma voz aclamaram e disseram que não era necessário esperar outra ordem e queriam imitar em tudo a Cidade de Lisboa e do Porto e logo em vozes altas aclamaram por rei ao dito dom João e pelo dito capitão-mor tangendo no sino da Câmara se por a janela dela aclamando por Rei ao dito senhor dizendo real real viva dom João o quarto rei de Portugal e as mesmas palavras repetiram a nobreza e povo e por não estarem presentes os dois vozeadores Pero Cardozo de Menezes e Afonso Martins de Macedo não saíram em a provisão mas logo a tarde vieram os ditos vereadores e assentaram que amanhã às duas da tarde se ajuntassem nesta Câmara e a gente nobre para dela saírem a dar graças e mandaram se pusessem luminárias pelas janelas desta vila e arrabaldes e mandaram repenicar os sinos e relógio e fazer outras demonstrações de alegria e assinaram Gregório de Amaral escrivão da câmara o escrevi. Sousa. Meneses. Miranda. Macedo.
"

[Transcrição de João Lopes de Faria, retirada do blogue Pedra Formosa, da Sociedade Martins Sarmento.]



(Departamento de Ciências Sociais)

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Desafio do mês (5.º ano) - Dezembro de 2006


O aniversário da Rita
A Rita faz anos em Dezembro e como presente pediu à mãe que na festa do seu aniversário estivessem presentes todos os colegas da turma. A mãe concordou mas pediu-lhe a sua colaboração para fazer os bolinhos de coco, de que tanto gostava.

Quando chegou à escola, a Rita convidou todos os colegas mas também pediu ajuda para confeccionar os bolinhos de coco. Alguns colegas prontificaram-se imediatamente.

No dia do aniversário, logo pela manhã, foi uma azáfama.

Os colegas, foram fazendo e foram comendo. O Tiago fez 10 e comeu 5; a Alexandra fez 25; o Fábio fez 14 e comeu 3; o Zeca dos 25 que fez só ficaram 18; a Manuela fez 12 mas não comeu nenhum; o Pedro comeu 6 mas fez 14 e por último a Daniela comeu 9 mas só tinha feito 7.

Quantos bolinhos de coco ficaram para os restantes colegas?
(Departamento de Matemática)

Desafio do mês (6.º ano) - Dezembro de 2006


Se eu optar por comprar determinado livro e a seguir for ao cinema gastarei 8 euros.

Se preferir ir ao cinema e comprar um CD que me interessa, vou gastar 10,25 euros.

O CD e o livro custam 12,25 euros.

De quanto preciso para ir ao cinema, comprar o CD e o livro?


(Departamento de Matemática)

Desafio do mês (3.º ciclo) - Dezembro de 2006

Quatro vacas pretas e três vacas brancas dão, em cinco dias, tanto leite como cinco vacas brancas e três vacas pretas em quatro dias.

Quais são as vacas que dão mais leite, as brancas ou as pretas?

(Departamento de Matemática)

A poem about my daily routine


At nine o'clock
I get up on Sundays.
But at seven
To go to school on Mondays

When I feel hungry
I eat a good cake
I can do that
When it's our break.

In the afternoon
I go to «A.T.L.»
With all my friends
And I feel well!!
Ana Sofia no7 6thB

quinta-feira, novembro 30, 2006

Les saisons de l'année

Quatre amis très spéciaux qui adorent voyager dans le monde entier.

LE PRINTEMPS - très romantique, il adore les fleurs ! Se promener dans les vertes prairies est son plus grand plaisir! Il a beaucoup d'amis et son habitat est la nature et il aime recevoir chez lui ses plus chers amis et tous ceux qui viennent de loin! Les oiseaux, les animaux des bois, des forêts et même les enfants apprécient énormément sa compagnie!

L'ÉTÉ - se promener est sa passion! Il est un peu paresseux; il adore prendre des bains de soleil et la chaleur le rend heureux. Il déteste le quotidien, il adore faire des choses différentes tous les jours. Les vacances? Il les attend avec impatience, il les adore! Surtout quand il les passe avec tous ses amis. Il sait être très amusant et coquin.

L'AUTOMNE - différent de tous, avec une personnalité un peu ennuyeuse, il n'aime pas nos amis les arbres. De temps en temps, il est très malin car il s'amuse à arracher ses feuilles et à les peindre de marron : une couleur un peu triste, à mon avis.

L'HIVER - très vieux et très sérieux, il adore être avec ses amis, le froid et la pluie. Il adore courir dans les rues et parsemer de pluie tout ce qu'il rencontre. Tempéramental, on entend souvent sa voix coléreuse de l'autre côté de la terre, il se fâche avec les éclairs et les nuages blancs se transforment et chargés de fureur, ils laissent tomber sur la terre une pluie si froide et si gelée que les hommes se réfugient sous les arbres, sous les préaux, dans leurs maisons. C'est la tristesse qui s'installe. C'est le gris qui prédomine. La nature cherche en vain échapper à cette confusion mais c'est impossible. Les rivières gonflent et détruisent les champs et la mer révoltée empêche les bons pêcheurs de commencer leur activité. La mer menace tous êtres vivants de s'y approcher, comme si elle leur disait qu'elle avait le pouvoir et que personne devait l'ennuyer.

Bref, les quatre saisons sont indispensables; la nature a besoin de tous et tous sont essentiels à la préservation des animaux et au bien-être des hommes.

A chuva

Como chove! Como chove tanto! Estou completamente só e esta chuva não pára! A tristeza invade o meu ser! Invade toda a minha alma e não pára de destruir a pouca alegria que ainda vivia em mim! A chuva não pára e minha alma, meu espírito não pára de gritar: quero o sol, quero a luz, quero as cores que aquecem o meu ser!

(Ilda Oliveira)

quarta-feira, novembro 29, 2006

Cesariny (1923-2006)

Mário Cesariny de Vasconcelos, autor de uma extensa obra no campo da literatura e das artes visuais, é uma figura incontornável da cultura portuguesa e o principal representante do surrealismo nacional. Nasceu em Lisboa em 1923. Faleceu em sua casa, na madrugada do dia 26 de Novembro de 2006.

"Gostava de ter daquelas mortes boas, em que uma pessoa se deita para dormir e nunca mais acorda", afirmou um dia.
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radiograma

Alegre triste meigo feroz bêbedo
lúcido
no meio do mar

Claro obscuro novo velhíssimo obsceno
puro
no meio do mar

Nado-morto às quatro morto a nada às cinco
encontrado perdido
no meio do mar
no meio do mar

Mário Cesariny

Who am I?

My name is Joana.
My surname is Correia.
I'm nine years old.
I'm Portuguese

My name is Filomena.
My surname is Brites.
I'm ten years old.
I'm Portuguese.

My name is Ivo.
My surnameis Pimentel.
I'm ten years old.
I'm Portuguese.

My name is João.
My surname is Abreu.
I'm ten years old.
I'm Portuguese.

(Alunos do 5º A)

29 de Novembro: Dia do Pinheiro

Hoje é dia do Pinheiro, o momento mais altos das festas centenárias dos estudantes de Guimarães.


"O desfile do Pinheiro, e o seu levantamento num recanto de destaque da cidade, revestiu-se tradicionalmente de uma simbologia especial. Era ao Pinheiro levantado que competia anunciar o início das Festas Nicolinas. Ele aparecia - e aparecerá sempre, enquanto número fundamental das Festas dos Académicos de Guimarães - como uma espécie de prelúdio, de introdução a tudo o mais que os Estudantes se dispõem a realizar durante os oito dias que duram os festejos em honra de São Nicolau."

(Excerto do livro Guimarães e as Festas Nicolinas, Lino Moreira da Silva, 1991)

segunda-feira, novembro 20, 2006

A importância do horário de estudo na vida escolar

É muito importante todos os alunos terem um horário de estudo. Para o nosso horário ficar bem feito, tem de ser organizado.

No nosso horário de estudo não pode estar sempre a palavra estudar, temos que ter tempo para fazer um pouco de tudo, desde estudar, ler, ver televisão, até brincar.

De facto, como não podemos passar o dia a estudar, também não podemos passar o dia inteiro sentado no sofá a ver televisão. É claro que também podemos "aprender" quando vemos comentários interessantes ou programas educativos ... mas se for para ver novelas a toda a hora, o que é que aprendemos? Nada.

Portanto, o horário de estudo é muito importante para nos ajudar a obter sucesso escolar e para organizarmos o nosso tempo, ou seja, para termos tempo de fazer de tudo um pouco.

(Bárbara Marques, nº 9, 6º B)

quinta-feira, novembro 16, 2006

Pontos...

(José , 7.º B)
(Ana , 7.º B)
(Maria João , 7.º A)

(Luísa , 7.º A)

(João , 7.º A)
(Flávia , 7.º A)
(David , 7.º A)
(Ana , 7.º A)
(Ana , 7.º A)

...e linhas

(Luísa , 7.º A)
(António , 7.º A)
(7.º A)
(Márcia , 7.º B)
(Elsa , 7.º B)
(Andreia , 7.º B)

sexta-feira, novembro 10, 2006

Notícias da Biblioteca

Realizou-se, durante a Semana de 30 de Outubro a 5 de Novembro a actividade "Sentir a Biblioteca": Os alunos expressaram, através de pequenas frases escritas, os seus sentimentos "quando entram na Biblioteca". Esta actividade, muito participada, foi concluída com a exposição de todas as frases dos participantes. Destacamos algumas:

"Ao entrar na Biblioteca sinto o ar da sabedoria, cheiro a tecnologia e uma boa simpatia". Natália Lima.

"Eu sinto-me à vontade com os livros. Tenho a sensação de alegria". Diana, 5.º D.

"A Biblioteca é um lugar mágico e calmo. É um sítio que, quando entras sentes-te bem. Se abrires um livro, ouve a história que ele conta". Raquel Sofia, 5.º E

Durante o mesmo período, esteve também aberta a actividade/concurso de ilustração de poemas do livro de José Jorge Letria "Ler Doce Ler", cujos trabalhos resultantes se encontram agora expostos.


Poesia para S. Martinho

Estão a chegar à Biblioteca as primeiras poesias elaboradas para comemorar o S. Martinho, actividade que está a ser dinamizada pelos professores de Língua Portuguesa e pela Biblioteca. Podem ser vistas no painel que se encontra à direita de quem entra.

Também para comemorar essa data, montámos a exposição "S. Martinho na Arte", (à esquerda de quem entra). Aí se podem ver reproduções de obras de Arte de várias épocas, com representações de S. Martinho, entre as quais uma sequência de frescos da Igreja de Assis, da autoria do pintor Simone Martini, do século XIV, onde a vida do santo está contada através da representação de vários episódios.



Últimas aquisições

Junto da exposição "S. Martinho na Arte" encontram-se expostas as novas aquisições em livro, que vieram recentemente enriquecer o nosso espólio.

quinta-feira, novembro 09, 2006

S. Martinho


Ò meu rico S. Martinho
Meu Santo de devoção
Vou festejar o teu dia
Com alegria no coração
.

(Ana Sofia, 6.º B)

Em dia de chuva
S. Martinho ajudou
Um pobre sem abrigo
Que sua capa partilhou.

S. Martinho feliz
Por o pobre ajudar
Fez a chuva fugir
E o sol brilhar.

S. Martinho, S. Martinho
No seu cavalo caminhava
Ajudou o pobrezinho
Que à chuva estava.

(Eduarda Duarte, 6º A)

domingo, outubro 08, 2006

Guimarães Capital Europeia da Cultura em 2012

Na sequência do Conselho de Ministros informal decorrido este Sábado, dia 7 de Outubro, na cidade de Guimarães, o Governo de Portugal decidiu apoiar a formalização da candidatura de Guimarães a Capital Europeia da Cultura em 2012.

Apesar de ser necessário proceder a uma candidatura ao título de Capital Europeia da Cultura, trata-se apenas, como referiu Isabel Pires de Lima, ministra da Cultura, de "um acto formal", uma vez que Portugal, tal como a Eslovénia, terá direito a indicar uma cidade para essa finalidade.

A candidatura será formalizada num conselho de ministros da Cultura, nos dias 13 e 14 de Novembro do próximo mês de Novembro, em Bruxelas.

Isabel Pires de Lima recordou que a cidade foi classificada pela UNESCO Património da Humanidade e que o seu centro histórico foi alvo de "uma recuperação exemplar", salientando ainda as infra-estruturas e as acessibilidades de que dispõe. Por outro lado, a ministra da Cultura não deixou de realçar "o impacto forte" que uma decisão desta natureza poderá ter em sectores como o turismo, a requalificação urbana e o crescimento da diversidade cultural.

Fonte: Câmara Municipal de Guimarães.

quinta-feira, outubro 05, 2006

5 de Outubro


Lisboa, 5 de Outubro de 1910

Toda a noite ouço o estampido brutal do canhão, que por vezes chega ao auge, para depois cair sobre a cidade um silêncio mortal, um silêncio pior. Que se passa? Distingo o assobio das granadas, e de quando em quando um despedaçar de beiral que cai à rua. E isto dura até à madrugada. De manhã as tropas do Rossio rendem-se e os marinheiros desembarcam na Alfândega. Às oito e meia está proclamada a República. Passa aqui na Rua de S. Mamede um resto de Caçadores 5, soldados exaustos, entre populares que os aclamam.

O rei fugiu. Um genro do Cayola, oficial de Infantaria 16, contou ao Maximiliano: Acompanharam-no no parque das Necessidades o Sabugosa, o Faial, o Tarouca e o Ravara. Um deles dizia-lhe: - Vossa Majestade já fez o que tinha a fazer. - O rei estava lívido e num gesto maquinal tirava e metia os anéis nos dedos.

Um farmacêutico da Ericeira assegura que o viu chegar a Mafra dentro dum automóvel. O D. Afonso embarcou no Estoril, mostrando aos que o acompanharam até ao fim uma carteira com duzentos mil réis. - É o que levo... - A D. Amélia partiu também de Sintra para Mafra. Tinha-se espalhado entre o povo que fora a rainha quem mandara assassinar o dr. Bombarda. Se a apanham matam-na.

Raul Brandão, Memórias II