O cortejo do pregão, acompanhado por um toque de tambores próprio deste número, é aberto por um estudante a cavalo, empunhando a bandeira da Academia, escoltado por uma comitiva vestida a rigor, a pé ou a cavalo.
Atrás, seguindo no carro do pregão, puxado por cavalos, segue o pregoeiro, trajando a preceito, com batina, calça, sapatos pretos, colete, camisa branca de bicos, luvas brancas e laço branco, e com o rosto encoberto por uma mascarilha. De cima do carro, o pregoeiro declamava, em alta voz, o pregão: um longo texto em verso por onde passavam as referências à tradição nicolina, as alfinetadas no governo municipal, as alusões galantes ou brejeiras às damas.
Nos tempos que correm, o pregão é lido em sete pontos da cidade, perante o aplauso e os sorrisos das gentes que se juntam para assistirem a uma tradição cujas origens se perderam no tempo. Muitos dos pregões nicolinos são peças literárias memoráveis. Entre os seus autores contam-se nomes como João Evangelista de Morais Sarmento, Cónego António de Oliveira Cardoso, Prof. Pereira Caldas, Francisco Martins Sarmento, Bráulio Caldas, João de Meira, Gaspar Roriz, Jerónimo de Almeida ou Carlos Poças Falcão.
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