quinta-feira, novembro 29, 2007

Vem aí o Monumento ao Nicolino

Antevisão do monumento nicolino, de José de Guimarães. Imagem obtida aqui.

Ainda este ano, as festas Nicolinas serão celebradas com uma escultura-monumento, concebida pelo artista vimaranense José de Guimarães. A escultura evoca a capa usada pelos nicolinos, a ondular, representada a vermelho, em vez do preto tradicional. A inauguração esteve inicialmente prevista para o dia do Pinheiro, mas teve que ser adiada, por razões técnicas. A escultura, que foi produzida numa oficina de Alcochete, ficará implantada perto da nossa escola, junto à igreja dos Santos Passos, no mesmo lugar onde é enterrado o pinheiro que anuncia as festas dos estudantes. A sua instalação será acompanhada por José de Guimarães.

De seu nome completo José Maria Fernandes Marques, o autor do monumento ao nicolino adoptou o nome artístico de José de Guimarães como homenagem à terra que o viu nascer no dia 25 de Novembro de 1939. Depois de completar os estudos secundários em Guimarães e em braga, ingressou na Academia Militar, arma de Engenharia. Licenciou-se em Engenharia no ano de 1965. Entre 1967 e 1974 esteve em Angola. O contacto com a cultura e a arte africanas marcará profundamente a sua obra.

José de Guimarães é hoje uma das figuras mais destacadas na nossa arte, gozando de assinalável reconhecimento internacional. Obras de sua autoria estão espalhadas pelos quatro cantos do mundo.

Saber mais sobre José de Guimarães.


Nicolinas, dia 1: O Pinheiro

Hoje é o dia em que se anuncia a Guimarães e ao Mundo que os estudantes vimaranenses estão em festa. Seguindo uma velha tradição do Minho, o anúncio é feito erguendo ao alto uma bandeira que se manterá erguida enquanto as festas durarem: o pinheiro. Este é um número das festas Nicolinas que, ao longo das últimas décadas, têm ganho uma maior dimensão, acabando por se tornar em algo mais do que o momento que marca o início das festividades, passando a ser o seu acto mais participado e imponente.

Esta é a noite, em que, segundo um costume muito antigo, os velhos (os antigos estudantes) transmitem a tradição nicolina aos novos (os que agora frequentam as escolas de Guimarães). Esta é também uma noite de saudade e reencontro, em que sucessivas gerações de estudantes se juntam para a ceia nicolina e para acompanharem o cortejo que levará o pinheiro até ao local onde será levantado, junto à igreja do Campo da Feira. Nesta noite, que só termina depois do sol nascer, milhares de estudantes, velhos e novos, enchem a cidade com o som cadenciado das caixas e dos bombos com que acompanham o cortejo do pinheiro, que se mistura com o ranger dos muitos carros de bois que transportam o grande mastro e com a música da banda que o acompanha.

Com o pinheiro erguido, as festas estarão começadas.

Que viva S. Nicolau, padroeiro dos estudantes de Guimarães!


terça-feira, novembro 27, 2007

Aí estão as Nicolinas

Na Idade Média europeia, como já vimos, eram muito populares as festas dedicadas a S. Nicolau, Bispo de Mira.

S. Nicolau, protector das crianças e dos estudantes, era celebrado pelos estudantes e moços do coro das catedrais, em festas com alguns traços carnavalescos, onde havia brincadeiras que, não raras vezes, eram proibidas pela Igreja.

Guimarães não tinha propriamente uma catedral, mas tinha uma igreja, a da Colegiada da Oliveira, com dignidade de sé catedral, cujos moços do coro costumavam celebrar o dia de S. Nicolau (6 de Dezembro), escolhendo, de entre eles, um jovem que se vestia de bispo ou cardeal e andava pelas ruas e praças da velha vila, em cortejo folião, distribuindo benzeduras a quem passava.

Ao longo do tempo, as festas a S. Nicolau foram-se transformando, e alargando o seu calendário. Na maior parte do século XIX, resumia-se à entrada do pinheiro, que funcionava como uma bandeira que proclamava que os estudantes estavam em festa, ao anúncio da festa, no dia 5 de Dezembro, e à festa propriamente dita, no dia seguinte. Mais tarde, o programa passou a estender-se desde 29 de Novembro até 7 de Dezembro. Assim se mantém nos dias de hoje, com os seguintes “números” nicolinos:


Cortejo do Pinheiro (29 de Novembro)

Novenas (1 a 7 de Dezembro)

Posses (4 de Dezembro)

Magusto (4 de Dezembro)

Pregão (5 de Dezembro)

Maçãzinhas (6 de Dezembro)

Danças de S. Nicolau (6 de Dezembro)

Baile Nicolino (7 de Dezembro)

Roubalheiras (dia não divulgado)

sexta-feira, novembro 23, 2007

"O Principezinho" - nova data

Conforme já demos notícia, estava previsto os alunos do segundo ciclo assistirem ao espectáculo " O Principezinho", no Teatro Rivoli - Porto, no dia 14 de Novembro. Contudo, por motivos alheios à nossa escola, o espectáculo foi adiado para o dia 9 de Janeiro de 2007. A sessão realizar-se-á pelas 10.30 horas, com a participação de cerca de 260 alunos, acompanhados por 24 professores.

Esta ida ao Teatro destina-se a desenvolver nos alunos hábitos e interesses culturais, despertando-os para os valores da amizade e da solidariedade e contribuindo para o seu desenvolvimento integral.

quinta-feira, novembro 22, 2007

A Arte da Escrita

Este espaço destina-se, antes de mais, à publicação de textos produzidos pelos alunos, de modo a que se sintam cada vez mais motivados a desenvolver a arte da escrita. Deste modo, damos início, neste ano lectivo, à primeira publicação de um desses trabalhos, seleccionado para o efeito. Está lançado o desafio para que outros sigam o exemplo. Mãos à obra!


A Amizade

A amizade é apoiar alguém nos bons e maus momentos, sem esperar nada em troca. A amizade é também ajudar, partilhar, ser compreensivo e aceitar o amigo como ele é.

A amizade às vezes vê-se nos pequenos gestos, como podemos observar no caso do João. O João estava muito triste sem saber o que fazer, por mais que pensasse…

- Olá, João! -disse o Pedro, tocando-lhe no ombro.

- Olá, Pedro - respondeu o João com um olhar triste.

- O que se passa contigo? Nunca te vi assim tão triste - perguntou o Pedro.

- É que os meus pais fazem hoje aniversário de casados e eu com o dinheiro que tinha comprei uma moldura para lhes oferecer. Mas tive azar, sem querer deixei-a cair ao chão e o vidro partiu-se aos bocadinhos - explicou o João, cada vez mais triste.

- Isso não é nada, eu ajudo-te a encontrar uma solução! – disse o Pedro muito entusiasmado.

Passaram a hora seguinte em casa do Pedro, com tintas e aguarelas a pintar um belo quadro.

- Vês como há sempre solução. Acho até que vão gostar mais, porque foste tu que fizeste! – disse o Pedro, feliz pelo amigo.

- Pois acho que tens razão, obrigado por me ajudares. És um grande amigo!

Isto foi uma verdadeira prova de amizade.

Nuno Machado, 5.º A, N.º 20

S. Nicolau: a tradição

As Festas Nicolinas, que estão aí à porta, têm a sua origem nas festividades que, durante a Idade Média, eram dedicadas ao Bispo de Myra (na actual Turquia) S. Nicolau, cuja vida decorreu entre os anos de 270 e 313 depois de Cristo.

Conta-se que na terra natal de S. Nicolau viviam três irmãs que, por serem pobres, não se podiam casar por falta de dinheiro para os respectivos dotes. O seu pai terá decidido vendê-las, assim atingissem a idade de casar. Nicolau soube desta intenção e, quando a rapariga mais velha estava para ser vendida, atirou, durante a noite, pela janela da casa do pobre homem uma bolsa com ouro suficiente para o dote, que caiu numa meia que estava a secar junto da chaminé. Fez o mesmo quando a segunda filha atingiu a idade adulta. O pai, desconfiado, escondeu-se para descobrir de onde viria tanta bondade. Acabou por reconhecer Nicolau e logo espalhou a fama da sua generosidade.

Mais tarde, S. Nicolau estaria na origem de alguns milagres em que foram salvas crianças, tornando-se seu padroeiro. É por isso que, geralmente, é representado com três crianças aos pés.

Os holandeses, que o conheciam por Sinter Klaas, levaram para a América, ainda no século XVII, a tradição de dar presentes às crianças, com base na lenda de S. Nicolau. Assim nasceria a figura de Santa Klaus, o Pai Natal que todos conhecemos nos dias de hoje.

Os estudantes de Guimarães celebram S. Nicolau, todos os anos, entre o dia 29 de Novembro e o dia 7 de Dezembro, mantendo uma tradição que perpetua o culto que antigamente lhe era feito pelos meninos do coro das antigas catedrais e colegiadas.

Saber mais sobre S. Nicolau

quarta-feira, novembro 21, 2007

Ida ao teatro

Os alunos do 5º Ano, das turmas A e B, foram ao Centro Cultural de Vila Flor, no dia 20 de Novembro, assistir a um Teatro de Marionetas, intitulado “A Pequena Fábrica de Pinguins”, acompanhados pelas Directoras de Turma e outros Professores das respectivas turmas.

Este espectáculo, interpretado por três personagens femininas, foi falado numa língua imaginária, o turakiano. Estava cheio de magia e mistério, recorrendo quase exclusivamente à “animação” de objectos e fez-nos reflectir como é possível inventar uma linguagem imaginária, comunicando através dela.

A história passa-se num laboratório clandestino onde dois irmãos gémeos acompanham o desenvolvimento dos ovos pinguim. Três seres pequeninos guardam e protegem estes ovos até à hora da sua eclosão, o nascimento do pinguim ideal.

A partir do visionamento deste espectáculo, os alunos ficaram com um excelente ponto de partida para falar de poesia, dar azo à sua imaginação, observar diferentes maneiras de ver o mundo, temas que podem ser aproveitados para a produção da escrita.

A primeira impressão com que ficaram os alunos é que o espectáculo foi de difícil compreensão, ficando com muitas dúvidas no ar, faltando talvez um momento de discussão e análise, no final da sessão, para que pudessem perceber o alcance e objectivos das cenas representadas. Julgo que nas aulas, os alunos poderão colmatar essas dificuldades se explorarem e analisarem o que viram.

terça-feira, novembro 20, 2007

Curso EFA/B3: Magusto de S. Martinho


Quadras de S.Martinho 2007


Somos do curso EFA
um grupo bem unido
povo trabalhador
mas também divertido.

Aqui estamos reunidos
para festejar o S. Martinho
comemos rojões e castanhas
e provamos o vinho.

A razão da nossa festa
não e só comer e beber…
neste dia de S. Martinho
muito podemos aprender!

S. Martinho era guerreiro!
não sou eu que o digo…
oiçam lá esta história
e vejam como era amigo.

Como era militar
atravessava as montanhas
quando a fome apertava
apanhava castanhas.

Numa dessas aventuras
chovia que deus a dava!
encontrou um mendigo
que mal se arrastava.

Descendo do seu cavalo
o homem foi ajudar
rasgando a sua capa
para o agasalhar.

Estava um frio de rachar,
não parava de chover!
com a capa do S. Martinho
o pobre começou aquecer.

O mendigo agradeceu
um gesto com tanto amor!
logo parou de chover
e fez-se um dia de calor.


Texto colectivo dos formandos do curso EFA

Rastreio visual

Nos dias 8, 9 e 10 de Outubro, realizou-se na Escola EB 2,3 Egas Moniz um Rastreio Visual, levado a cabo pelos Técnicos de Optometria das “Ópticas Minho”.

Foram abrangidos por este Rastreio todos os alunos do 5º ao 9º anos, tendo-se apurado que:

- Em 72% dos alunos não foram detectadas anomalias visuais;

- A 28% dos alunos foi recomendada uma posterior consulta médica.

Estes Rastreios revestem-se de enorme importância para a população estudantil, uma vez que permitem a identificação precoce de problemas visuais que, ao não serem corrigidos, podem ser comprometedores do sucesso escolar dos alunos. Realça-se ainda que, para muitos alunos, os Rastreios Visuais em ambiente escolar, constituem a primeira oportunidade de despiste a que são submetidos.

O Grupo de Promoção da Saúde em Meio Escolar

quinta-feira, novembro 15, 2007

Concurso: Alberto Sampaio - Artes e Letras

Para assinalar o primeiro centenário da morte de Alberto Sampaio, que acontecerá no dia 1 de Dezembro de 2008, historiador vimaranense, autor das Póvoas Marítimas e das Vilas do Norte de Portugal, obras cuja repercussão na nossa historiografia lhe valeu o estatuto de pioneiro da história económica em Portugal.

O programa das comemorações organizadas pelo Museu de Alberto Sampaio, pela Sociedade Martins Sarmento, Câmara Municipal de Guimarães e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, tem início a 1 de Dezembro de 2007, em Guimarães, a terra natal do historiador, e encerra em Vila Nova de Famalicão, a 1 de Dezembro de 2008, dia em que se assinala o centenário da sua morte.

Entre as actividades previstas, irá ser organizado o concurso "Alberto Sampaio: Artes e Letras", dirigido às escolas dos concelhos de Guimarães e de Vila Nova de Famalicão, ao qual poderão ser submetidos trabalhos de texto ou de artes plásticas. O regulamento do concurso está disponível na Biblioteca da nossa Escola.

Texto colectivo

Durante a Feira do Livro decorreu a actividade “Expressão Escrita” que consistiu num trabalho colectivo em que em cada aluno participante escrevia quatro palavras num painel, tentando compor um texto com sentido e imaginação. Eis aqui o resultado:

O Outono


Era um Outono agreste e chuvoso. O vento soprava com intensidade e as folhas cobriam o chão da Escola. Os meninos pisavam o tapete das folhas que estalavam como castanhas assadas.

Era um tempo quente! Era o Verão de S. Martinho! O sol espreitava envergonhado, porque felizmente havia árvores frondosas a escondê-lo.

O Rafael estava entusiasmado com o magusto da Escola. Os preparativos estavam a correr lindamente e, lá fora, preparavam-se as fogueiras. Uma onda de calor envolvia o espaço envolvente. Os olhos das crianças cintilavam só de pensar nas gostosas castanhinhas. Na sua boca podiam sentir quente e frio, doce e amargo, tudo o que as suas mentes imaginavam.

Era um Outono cheio de folhas que caíam ao sabor do vento. Olhem, olhem as folhas!

quinta-feira, novembro 08, 2007

Feira do Livro

Está a decorrer na nossa escola mais uma edição da Feira do Livro, que termina hoje, dia 8 de Novembro. É uma iniciativa da responsabilidade e dinamização do Departamento de Línguas, em colaboração com a Biblioteca, deste estabelecimento de ensino, tendo por objectivo incentivar o prazer da leitura, de modo a proporcionar aos alunos o contacto com os livros, podendo-os também adquirir por um preço mais acessível.

Este certame teve um momento alto, na terça-feira, com a presença da escritora Ana Macedo, tendo originado grande interesse e entusiasmo junto dos alunos das turmas envolvidas e ao mesmo tempo fomentado o gosto pela leitura e do saber ler.

Todas as turmas estão a ter visitas guiadas, sendo acompanhadas pelos respectivos professores, de forma a incentivá-los para a leitura e valorização do livro.

Entre outras actividades relacionadas com a escrita e a leitura, os alunos têm também oportunidade de no tempo de visita poderem folhear os livros e seleccionar uma frase ou expressão que mais os entusiasmasse e transcrevê-la numa folha aí disponível para depois ser afixada num painel.

Até ao momento, esta feira tem sido um êxito não só pelas visitas já efectuadas, mas também pelo número de livros adquiridos, o que confirma o interesse manifestado por toda a comunidade escolar – alunos, professores e encarregados de educação.

O grupo dinamizador está de parabéns! Iniciativas como esta são sempre louváveis, pois permitem uma maior aproximação a novas aprendizagens, contribuindo para o sucesso educativo dos alunos. A avaliação final não pode deixar de ser positiva, pois até ao momento, segundo informações da equipa dinamizadora, já foram muitos os livros reservados e vendidos, tendo havido uma grande afluência de leitores, o que confirma a existência de muitos amantes da leitura.